Somos uma sociedade de gabarolas, pretensiosos, pedantes, excessivamente auto-elogiosos. Claro que cada um de nós o pode ser por simples natureza de espírito, condições educacionais específicas ou por uma única circunstância determinante. Contudo, parece-me que é cultural.
Desenvolvemos um conjunto de injunções sociais que nos obrigam a reter como colectividade estas características tão egolatras. Isto acontece, julgo, porque somos constantemente obrigados a tentar convencer alguém de alguma coisa que nos favorece tendo que mostrar, a um tempo, que não, que na realidade quem é favorecido é esse alguém. E somos, com certeza, intermitentemente emissores e receptores deste discurso sempre nessa condição dupla dependendo da situação em causa.
Convencer obriga a exibir credibilidade, pois a mensagem quase nunca chega quando não é grande coisa ou necessária para o ouvinte. Nisto, temos que nos mostrar bons, mesmo que à custa da falácia. E o sistema quer vendas e compras.
Temos os exemplos clássicos: a publicidade e a política, onde a primeira impressiona com produtos e a segunda com pessoas. Esta última acaba por ser mais pegajosa devido à sua dimensão humana. Todavia, não são os únicos: os media, os comerciantes, os vendedores, os profissionais em geral e até os alunos têm que mostrar valor - seu ou daquilo que vendem. Quando o mostram voltados para o mundo e cercando o Eu de silêncio, tudo bem. Mas quando um pavão qualquer emerge como fim último por trás da mensagem, então reificamos o ego como móbil que inventa as necessidades - alimento dum capitalismo retórico.
Desenvolvemos um conjunto de injunções sociais que nos obrigam a reter como colectividade estas características tão egolatras. Isto acontece, julgo, porque somos constantemente obrigados a tentar convencer alguém de alguma coisa que nos favorece tendo que mostrar, a um tempo, que não, que na realidade quem é favorecido é esse alguém. E somos, com certeza, intermitentemente emissores e receptores deste discurso sempre nessa condição dupla dependendo da situação em causa.
Convencer obriga a exibir credibilidade, pois a mensagem quase nunca chega quando não é grande coisa ou necessária para o ouvinte. Nisto, temos que nos mostrar bons, mesmo que à custa da falácia. E o sistema quer vendas e compras.
Temos os exemplos clássicos: a publicidade e a política, onde a primeira impressiona com produtos e a segunda com pessoas. Esta última acaba por ser mais pegajosa devido à sua dimensão humana. Todavia, não são os únicos: os media, os comerciantes, os vendedores, os profissionais em geral e até os alunos têm que mostrar valor - seu ou daquilo que vendem. Quando o mostram voltados para o mundo e cercando o Eu de silêncio, tudo bem. Mas quando um pavão qualquer emerge como fim último por trás da mensagem, então reificamos o ego como móbil que inventa as necessidades - alimento dum capitalismo retórico.
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