quinta-feira, junho 08, 2006

A casa IV

P: Sem resposta, sabe das casas, e então sabe das ruas. A terra, para onde há-de ir, está coberta por cidades, já não se vê. Mas na urbe encontra uma figura, em cada caminho entre paredes, em cada palavra entre frases, em cada letra entre enigmas. Um dia, abre a gaveta, fechado ou aberto dentro dela.

RC: Dentro da gaveta está a palavra. Ela é a resposta. A palavra define. Seja em que dialecto for, ela define. Ela é o veículo identitário. Ela é que transmite. Ela tem uma verdade dentro de si. Logo ele só é e os outros só são porque ela existe e porque foi inventada por um de nós.

6 comentários:

Alexandra Baptista disse...

a palavra?

Anónimo disse...

A imagem exprime, a palavra define.

Alexandra Baptista disse...

A imagem engana, a palavra também...e agora?

Anónimo disse...

Acho que a linguagem, essa pode utilizar mal a palavra, por outro lado, a imagem, essa, pode enganar, é certo, mas não será também ela fruto do mau uso da palavra, através da linguagem?

Alexandra Baptista disse...

A palavra «bem usada» pode ser enganadora era o que pretendia dizer. Acredito que a verdade está no... transmissor ou no receptor e não na palavra. A verdade é uma coisa nossa, da nossa «racionlidade» portanto pode ser sempre falseada ou mal filtrada.

Anónimo disse...

Por isso acredito em 'verdades' e não numa 'verdade'. Este texto tenta ser um exemplo disso, existe uma entre muitas verdades, no contexto, a palavra é apenas uma resposta 'apaziguadora' e a imagem, neste caso, pode ser enganadora. Tem tudo a ver com o contexto, muitas vezes, esse mesmo contexto é o permite que a palavra ou a imagem não sejam 'tão enganadoras'.