Vemos há muito surgir uma aproximação individualista a disciplinas espirituais como modo de colmatar os vazios deixados pelo desencantamento moderno. Áreas como a astrologia, o reiki e o tarot, entre outras, multiplicaram-se por cabeças ansiosas e espalharam-se por anúncios amadores colados em paredes citadinas. O Oriente toca-nos com suas folhas de papel e suas mãos de veludo, e parece saber bem. Mas, tal como defende Luc-Ferry, não deixámos a nossa ocidentalidade. Continuamos individualistas e tendencialmente pragmáticos. Cada um, bêbado da sabedoria recolhida através de chavões - simplificação da objectividade –, exibe-se como mestre; contudo, no esforço de deslocamento a oriente, o melhor do ocidente se perde: a pequena dose lúcida de cepticismo perante avanços folclóricos na metafísica.
sexta-feira, agosto 25, 2006
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