É comummente aceite que a educação facultada por um Estado democrático não deve ser ideológica, isto porque à democracia cabe a neutralidade no que toca à educação dos seus cidadãos. Estes têm o direito à sua evolução política numa panorâmica de oportunidades meritcocráticas.
Todavia, como limites desta distância colocam-se as condições necessárias para a existência de espaço democrático - neste regime tudo cabe, desde que não se periguem os seus princípios de sobrevivência.
Ora, hoje, isto não parece suceder na escolaridade que temos desenhado. Subjacente a áreas disciplinares e de competências designadas como de cidadania, encontra-se todo um espectro de valores ideologicamente posicionados disfarçados de fundamentos democráticos inalienáveis. Deste modo, certas exigências ensinam-se como condições da democracia quando na prática são atitudes políticas que, como tal, estão sujeitas à discussão sem serem condições dessa mesma discussão. São exemplos desta realidade temáticas como “a liberdade de emigração” ou “o multiculturalismo”, as quais aparecem como indiscutíveis conquistas civilizacionais em lugar de problemáticas abertas.
Nisto, corre-se o risco de, a par da legítima imparcialidade religiosa, emergir o politicamente correcto como dogma estruturante duma suposta cidadania de raiz, afastando o espírito desta da sua natureza dialogante, crítica e capaz de mudar para melhor a partir de razões pensadas e discutidas.
Todavia, como limites desta distância colocam-se as condições necessárias para a existência de espaço democrático - neste regime tudo cabe, desde que não se periguem os seus princípios de sobrevivência.
Ora, hoje, isto não parece suceder na escolaridade que temos desenhado. Subjacente a áreas disciplinares e de competências designadas como de cidadania, encontra-se todo um espectro de valores ideologicamente posicionados disfarçados de fundamentos democráticos inalienáveis. Deste modo, certas exigências ensinam-se como condições da democracia quando na prática são atitudes políticas que, como tal, estão sujeitas à discussão sem serem condições dessa mesma discussão. São exemplos desta realidade temáticas como “a liberdade de emigração” ou “o multiculturalismo”, as quais aparecem como indiscutíveis conquistas civilizacionais em lugar de problemáticas abertas.
Nisto, corre-se o risco de, a par da legítima imparcialidade religiosa, emergir o politicamente correcto como dogma estruturante duma suposta cidadania de raiz, afastando o espírito desta da sua natureza dialogante, crítica e capaz de mudar para melhor a partir de razões pensadas e discutidas.
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