Em último caso, os afectos. Lá, no limite, a eles retornamos. Logo, começar por eles impõe-se, em primeiro caso, antes de todos os cálculos e das largas verdades geométricas. Perante o outro, a pessoa, até ao limite, a consciência da finitude e da inevitabilidade do erro, sem, contudo, dar todas as faces ou todos os corpos à carnificina. Partamos do princípio de que tudo acaba. E só isso, essa totalidade mais absoluta e maciça do que a eternidade, a qual não passa de expansão infinita sem lugar ou consistência, nos esmaga com a necessidade inevitável do toque e do sorriso como recolhimentos da verdade para a qual todas as outras certezas concorrem, avançam, desejam lá no abismo do cimo aparentemente tão plano. No fundo: a vida. À superfície: a vida. No meio: a distracção tonta de quem sempre soube o que quer.
quarta-feira, janeiro 04, 2006
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