Será que o fenómeno de extrema-direita, plasmado arruaceiramente nos skinheads, tem a relevância que os media lhe têm dado? Sim e não. Sim, porque existe. Não, porque não existe assim tanto. Contudo, a sua notícia chama-nos a atenção para uma realidade específica do nosso tempo: a aliança entre a política, a estética, a tecnologia e a violência. Curiosamente, o elo mais fraco parece ser o político. Particularizando nos skinheads, o impulso aparenta ser do foro emocional-colectivo, onde a ordem harmoniosa das massas destaca uma estética do fascinante, o poder superlativo da tecnologia uma possibilidade de domínio e a capacidade de destruição a hipótese da eliminação e do zero reconstrutivo. O modo pseudo-racional do político é uma mera plataforma discursiva, em si eivada de incoerências e puros erros científicos, como sejam as ideias de superioridade racial e de ética no autoritarismo. Portanto, mais um braço do irracional corporal contemporâneo, tanto mais perigoso quanto emocional, por natureza impossível de contra-argumentar.
quarta-feira, abril 25, 2007
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