Faz-nos falta o escândalo. Não que ele não exista em potência em inúmeros factos, mas porque o seu lugar de acontecimento, nós, não o detecta, não o sente como reacção ao facto, existindo inexistente num quartinho de sonho onde ninguém acorda.
Por isso, não é escandaloso que o Estado se prepare para oferecer diplomas do ensino secundário (em muitos dos casos) sem que exista qualquer correspondência efectiva com o esforço que um nível desses deve significar. Por isso, não é escandaloso que o critério de financiamento das universidades (número de alunos) subverta a sua natureza e as transforme em instituições desesperadamente à procura de alunos (qualquer um serve). Por isso, não parece ser suficientemente escandaloso a desvalorização da falta dos alunos às aulas, num acto cego ou altamente distante do modo como se responsabiliza um adolescente, pois a proposta foi insinuada e aparentemente camuflada em novo formato mais soft. Por isso, escândalo não é que os professores sejam avaliados também pelo número de alunos que passam, esquecendo-se que o humanozinho, se não concretizar a aprendizagem no seu aluno, vai consegui-lo na sua carreira – transitam todos de nível. Por isso, não há-de ser escandaloso, portanto, que um Estado infantil se entretenha mais em dourar a estatística que justifica o dinheirinho europeu do que a concentrar-se na efectiva formação de cidadãos cada vez mais incentivados a lutar por diplomas do que a desenvolver competências.
Assim, neste lugar sem escândalo, ninguém se preocupa, pois dizem que faz rugas e o mais importante é que uns tipos louros e protestantes alimentem os irreformáveis católicos.
Por isso, não é escandaloso que o Estado se prepare para oferecer diplomas do ensino secundário (em muitos dos casos) sem que exista qualquer correspondência efectiva com o esforço que um nível desses deve significar. Por isso, não é escandaloso que o critério de financiamento das universidades (número de alunos) subverta a sua natureza e as transforme em instituições desesperadamente à procura de alunos (qualquer um serve). Por isso, não parece ser suficientemente escandaloso a desvalorização da falta dos alunos às aulas, num acto cego ou altamente distante do modo como se responsabiliza um adolescente, pois a proposta foi insinuada e aparentemente camuflada em novo formato mais soft. Por isso, escândalo não é que os professores sejam avaliados também pelo número de alunos que passam, esquecendo-se que o humanozinho, se não concretizar a aprendizagem no seu aluno, vai consegui-lo na sua carreira – transitam todos de nível. Por isso, não há-de ser escandaloso, portanto, que um Estado infantil se entretenha mais em dourar a estatística que justifica o dinheirinho europeu do que a concentrar-se na efectiva formação de cidadãos cada vez mais incentivados a lutar por diplomas do que a desenvolver competências.
Assim, neste lugar sem escândalo, ninguém se preocupa, pois dizem que faz rugas e o mais importante é que uns tipos louros e protestantes alimentem os irreformáveis católicos.
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