O cruzamento de duas linhas de acção de um modo imprevisível (mas não necessariamente improferido) e com resultados de consentaneidade que fazem refluir ambas numa só, solucionando problemáticas ou homologando diferenças, costuma designar-se de coincidência ou destino. Entre um e outro jogam-se todas as questões da racionalidade v irracionalidade, imanência v transcendência e ciência v superstição. Sendo assim, a coincidência existe entre dois fenómenos com sequências causais definíveis que, por acaso, se intersectam ao nível do próximo ou aproximável e, por princípio, num campo falsificável (no sentido popperiano do termo). O destino, por seu turno, acontece entre dois fenómenos que, por mais longínquos um do outro que pareçam, estão ligados desde sempre e tal apenas se torna visível no momento em que se mostram em relação, vindos de um estado exterior e condicionados à impossibilidade de falsificação. Visto isto, um problema reside no facto de, à coincidência, faltar sentido para lá da dimensão descritiva e, ao destino, real aquém do imaginado. E assim, mais uma vez pelo ent(r)e, pedimos o meio termo?
quinta-feira, abril 13, 2006
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