Por vezes, o fazer é tudo; pensar e dizer o texto do real não parece bastar, insurge-se como parco perante a potência criadora do gesto humano – modificador singular do espaço em seu redor. Por isso, quando a acção fica cativa de uma esperança imóvel, dum projecto que apazigua ânsias com a pseudo-certeza dum futuro, nada que seja verdade subsiste, emerge ou concretamente se possibilita. O ser que se pensa só é quando se faz, e, nisso, o intelectualismo preguiçoso, apesar de orgulhoso, é minimalismo humano perante a realização de uma acção ingénua mas total, consequente e de corpo inteiro. Nisto, pensar sob a capa do desejo é como que um estado de coma inconsciente. Acontecer só pode ser agora, as mãos só agarram já e o tempo só ganha figura num presente contínuo, não dos deuses, mas dos Homens para os Homens.
sábado, outubro 14, 2006
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