Perspectiva científica: as relações amorosas têm como base, para os homens, a necessidade sexual (o critério são as hormonas da parceira) e, para as mulheres, a capacidade de subsistência do parceiro (o critério, na sociedade de hoje, é o monetário); a origem disto é remota: os homens sempre quiseram reproduzir-se e as mulheres proteger-se, a mulher procriando para o macho e o homem cuidando e caçando para a fêmea. Perspectiva artístico-simbólica: o amor é amor, um sentimento que transcende o interesse e a utilidade a favor do sublime no outro e no próprio, aliando-se o ético, o estético e o erótico. Síntese: ambas as perspectivas parecem redutoras, na verdade a relação amorosa é um pouco desses dois estados, é uma circunstância e alguns interesses coincidentes, mas é também um esforço dramático para atingir o estado do sublime; vivendo entre esses dois abismos, raramente atinge o segundo na perfeição e vive sempre no risco de cair no primeiro como na suspeita das suspeitas.
quarta-feira, março 28, 2007
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