Desconheço se existe ou não investigação na área. De qualquer modo, sem referências de autor, julgo possível conceber a existência dum tipo de raciocínio que, em lugar de se passar no espaço clássico do consciente, actue no heterodoxo inconsciente. O que explicaria fenómenos como a intuição ou a profecia. Tanto uma como outra seriam o resultado consciente dum processo racional inconsciente, não já exclusivamente a-racional, e concluído com uma pequena ponta consciente. O resto, a deliberação, realizar-se-ia de modo involuntário, usando como matéria o conteúdo cerebral e passando-se num ápice, automaticamente. Assim, quando a minha intuição me diz que determinada pessoa não é de confiança, é possível que seja porque recebi suficientes sinais disso (do seu aspecto, por exemplo) que, sem que eu dê por isso, são calculados inconscientemente e expelidos como resultado sem processo aparente. Por seu turno, em termos hipotéticos, consigo prever um acontecimento porque a minha experiência recolheu dados bastantes para estabelecer uma probabilidade, sem, contudo, eu perceber como. Assim, a sustentar acontecimentos intuitivos ou proféticos estariam processos racionais bem longe da emocionalidade espiritualista onde normalmente se incluem a intuição e a profecia.
sexta-feira, junho 22, 2007
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