Os momentos são velozes quando gostamos deles, e o mais certo é serem lentos quando os queremos fugidios. Assim, o tempo do nosso corpo demora-se na rugosidade das resistências encontradas na sucessão de quadros em catadupa que nos tocam em cada gesto; todavia, quando os obstáculos desaparecem, o mesmo tempo avança por si mesmo sugado pela superfície do riso que voa infinito. Por isso, a alegria é o instante que no momento de o ter já se sabe perdido, porque planante, inconsciente e infantil; mas desejado com as mesmas forças que em tristeza reconhecem a existência de tudo e a influência até do mais mínimo dos terrenos no mais ínfimo dos corpos, onde a eternidade vai cuspindo o monumental fogo que é preciso até para a mais pequena das gargalhadas.
quarta-feira, julho 05, 2006
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