Quando um dia é mau, pode ser tragicamente mau ou estupidamente mau. Neste caso, estúpido, definitivamente. Entre duas pequenas opções que desenlaçam ladeiras opostas na mesma estrada, mas, paradoxalmente, com caminhos diferentes, a personagem patética escolhe heroicamente a pior das hipóteses, aquela onde vocifera como se o mundo fosse um grão de areia fechado em sua mão grossa. Mas, claro, não é. Ele não tem mãos e o mundo é aquele que o possui sob um olhar gigante que despreza o grão de areia fingindo-se Golias, quando nem David soube ser. Antes trágico este dia e os nossos dias, antes sangue estes tempos e esta História que ele, para disfarçar, vai dizendo, comparando-a com os dias que, assim, tenta salvar do ridículo pela equivalência.
quinta-feira, setembro 14, 2006
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