Dispomos de nossos corpos pelas áreas onde nos queremos ver colocando cada objecto no lugar certo do nosso exterior engolido. Queremos arrumar o espaço para o enchermos de nós. Basta um pequeno movimento que diferencie o estado de uma coisa relativamente ao antes do nosso gesto para que essa coisa passe a ser nossa e as relações que mantém com o que a rodeia insinuem o nosso nome, libertem o nosso ser e o deixem expandir-se por onde marque levemente o nosso carácter. Somos inscrições ambulantes, graffitis ontológicos a querer dizer o próximo ente, a querer sê-lo de um novo modo, o próprio. Por isso, onde um Homem está, nada é o mesmo, nada se perpetua em seu estar, tudo é um espectro dum novo mundo inscrito em cada mão e em cada impulso que não nos deixa morrer.
sexta-feira, setembro 01, 2006
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário