A cultura atravessará as portas da escola, no sentido da saída, e espalhar-se-á como vivência pela sociedade civil, donde efectivamente emergiu. Assim, onde estará ela? Provavelmente, em nichos, em micro-sociedades que a formarão como única, mas também como resultante de colagens e pastiches da História, espacialmente integrada numa realidade virtual, mas não só, e com o estatuto de alter-identidade, num mundo cada vez menos Estado reconhecido universalmente dentro duma Pátria. Assim, a cultura deixará a política e as suas estruturas fixistas e doutrinárias, constituindo-se, reagrupando-se e produzindo-se à margem do total. Deste modo, os indivíduos passarão a ter disponíveis modos de ser estabilizados em comunidades que os formarão e disponibilizarão pelo simples prazer da ontologia social ou por motivos nada mais que económicos. Portanto, cada família escolherá a cultura dos seus filhos, e a coesão social será garantida não pelo cultural, mas pela união em torno dos mesmos objectivos económicos e dum Estado que os realizará.
sexta-feira, dezembro 15, 2006
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário