A vida alicerça-se numa série de apostas que cada indivíduo arrisca ora em pessoas ora em acções ou coisas. Por isso, estamos sempre em risco. E, embora muitos dos resultados do que fazemos dependam bastante da nossa concretização, a vitória ou a derrota neste jogo subordinam-se em grande medida ao acaso que se forma no desconhecido. Assim, quando comprometemos um valor nosso numa possibilidade qualquer estamos a mexer no escuro da existência e a caminhar, no máximo, sobre um chão de indícios que devem mais à intuição do que a cálculos (impossíveis de fazer). Somos, regra geral, jogadores loucos prestes a perder tudo ou a ganhar a morte longínqua e feliz. Portanto, não só social como individualmente, não há racionalidade burocrática que nos salve do obscuro, é uma condição de vida enquanto houver no tempo o momento futuro.
segunda-feira, janeiro 22, 2007
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