Crer na humanidade é um esforço, um precipício onde a vontade sulca a queda num movimento para cima, ao ar. E por vezes respira-se, com uma inspiração que coloca em cada coisa uma intenção que nos agrada, uma felicidade pequenina mas possível, um futuro tecido de caminhadas boémias. E tudo parece abraçar-se em rede, a tal ponto que basta uma suave aparição do inverso, duma amargura há muito escondida, duma má causalidade a enegrecer todas as consequências, para que sejamos a precipitação a que a gravidade nos obriga e todo o espaço desdobrado no tempo nos surja tragicamente fatídico, cínico e mortal. Aí, só podemos esperar a sorte do rebolar da moeda ou a força do ímpeto duma acção. Isto, porque a fé é dura e não é para todos.
sexta-feira, julho 13, 2007
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