Por vezes, não há nada a dizer, a que corresponde um estado de espírito difuso, enevoado e marcado por indeterminações atómicas. E as palavras são mãos que agarram, que castigam os estilhaços com uma suposta certeza fechada e frontal. Contudo, por vezes, não seguram coisa alguma, apenas inventam uma disposição que toma o lugar da face que esconde uma espécie de tormento, dum redemoinho nervoso de indefinição, duma ausência do carácter idêntico que se encontra entre os elementos variados que compõem o próprio. Isto – repete-se – como espécie e não como lugar. Portanto, uma feira e uma rosca, uma venda enroscada e uma parede de pano, um cantor surdo rodeado de aplausos, um motor, um barulho e, apesar de tudo, o gostar de dizer.
sexta-feira, julho 27, 2007
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