A percepção é um mundo. Assim, convencidos do Outono por umas meras folhas caídas, deixamos o real encher-se desse convencimento a partir de todas as raízes onde as nossas verdades se fundam. Por isso, por vezes, escolhemos não olhar, recusando uma qualquer rugosidade ontológica que venha alterar o nosso universo seguro. Nesse acto, aparentemente cobarde, não evitamos a verdade, apenas permanecemos numa outra mais agradável e previsível. Neste estilhaço de dimensões, ou de mundos, assumimos psicologicamente uma pós-modernidade eivada do relativismo perspectivista que admite um lado e o seu contrário, mas em faces diferentes e intocáveis. Quando isto acontece, escolhemos a felicidade como conduta e condenamos a ciência ao pragmatismo hedonista e múltiplo.
terça-feira, julho 10, 2007
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