domingo, agosto 05, 2007

Amigos

Com eles, reencontramo-nos, simplesmente porque antes talvez nos tenhamos esquecido de nós, de quem somos, dispersos por qualquer coisa que sonhamos. Por isso, aguardamo-nos, prontos a nos reconhecermos em cada novo cruzamento, onde ficou plantado um ser que forjámos nos seus olhos com a verdade que a autenticidade, gaveta de defeitos, nos proporcionou, crente na possibilidade de chegarmos como pessoas. E assim, neles, vemos num espelho a nossa figura desenhada com a mesma tinta com que esboçámos os seus rostos, para que também eles vissem mais de si próprios quando nos vêem. Nisto, não há deveras complexidade que esconda a simplicidade com que o mundo pode, em alguns dias, ser um pouco mais profundo, ainda que tecido de ideias errantes.

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