E apanho a bola, daqui, já um pouco tarde, mas dentro do tempo. Livros da minha vida, claro, é impossível, a vida é demasiado densa e curta para tantas importâncias. Mas arranjo um critério. Escolho-os pela novidade que trouxeram ao momento em que os li, como um impulso. Cinco livros impulsionadores: 1) O Discurso do Método, de Descartes. Com dezassete anos, deparei-me com a existência de qualquer coisa mais certa que poderia ser descoberta com simples procedimentos mentais. Fascinante! 2) Ulisses, James Joyce. A escrita como exercício estético de captação das rugosidades da vida sob a égide duma aliança entre a forma e o conteúdo – quase tudo escapou ao entendimento efectivo. Pretensão! 3) Húmus, Raul Brandão. Já depois da queda de todas as certezas, o encontro com a ruminação profunda escondida debaixo do silêncio dos dias. Comichão! 4) Metamorfose, Kafka. Na realidade, o corpo como matéria inelutável de proximidade, a pessoa esmagada pelo alter-organismo imposto. Porra! 5) Poesia, de Jorge de Sena. A lucidez como a única forma de verdade compatível com a paz de espírito. Comecemos! Chuto agora para a Petunia, o Bruno, o Pedro, o Impensado e a Alexandra.
segunda-feira, agosto 27, 2007
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3 comentários:
Desculpa se chego tarde, acabo de passar a bola:
http://myblogcaderninhos.blogspot.com/2007/09/passo-bola.html
:)))))
Nunca é tarde.
Bjs
:)
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