(este éden)
O pecado parece ter sido o motor da História, o impulso para que dois seres agarrassem a humanidade com ambas as mãos e pudessem infinitamente desobedecer a uma lei que os fixava eternamente a uma voz sem rosto. Os seres humanos buscaram um rosto, uma singularidade, um espaço de rugas, de tempo, onde lágrimas caídas revelaram um sentimento de si e de devir, onde o acontecimento deixou levemente a sua marca e a sua segurança - a sua prova de existência. Depois do paraíso perdido, o movimento ganho, a monumentalidade erguida, o toque inaugurado, os sentidos expandidos, um universo salvo por consciências famintas; enfim, um Deus vencido.
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