(este futuro)
E a pura comunicação será o paradigma vigente; paradoxalmente, a sua negação, porque constante envio, fluxo permanente sem ponto de emissão ou de recepção, não-comunicado comunicado entre espaços improdutivos, tornado conteúdo e fim em si, movimento pelo movimento. Breton chama a atenção para essa utopia, em que tudo, sob a capa da transparência, se torna exterior, em que a interioridade é esquecida como quem nega toda a possibilidade do númeno ou mesmo do desconhecido, do profundo, a verdade transformada em movimento de a dizer, de dizer, sem nada que se diga. O homem do futuro, sim, é só futuro, é projecto em projecção, corrida sem descanso, plano sem motivo. O homem do futuro, sim, é preciso mudar já.
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