quinta-feira, setembro 08, 2005

Intimidade II

(ou o hermetismo como comunicação)
Aproxima-se o onze de Setembro. Há quatro anos. Estranho momento, quase ficção. “Quase” porque o não foi, penetrou suas raízes no real e nele se confundiu e tornou. Esta antecipação surge por via do reconhecimento da viagem como possibilidade universalmente hermética mas particularmente comunicativa de oferecer um toque intimo num registo comum. Por isso, Nova Iorque - na direcção da qual uma ponte se forma -, cede a figuração de um rosto próximo a um outro continental que encontra na exterior efeméride de uma tragédia um motivo para textualizar a troca de interioridades que fazem o avesso da destruição e a promessa de criação do belo.

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