Concluindo, o fim mais satisfatório pode ser conhecido, mas o verdadeiro não. Isto porque avançamos numa dupla condição: caminhantes e ignorantes. Parece que, ou vivemos sobre a fixidez de uma crença que nos configura um telos, no qual depositamos o nosso sentido, e então acordamos conscientes (sabemos o para onde) mas numa provável ilusão metafísica, contudo, feliz; ou, radicalmente críticos, deixamos em branco o espaço do telos e escoamos a muita vontade de sentido para a parca capacidade de o receber de um quotidiano feito de curtos prazos (nenúfares sem margem), e então acordamos inconscientes (só sabemos que vamos) mas sem ilusões metafísicas, miopia angustiante e verosímil. Daí, duas últimas perguntas, e talvez as mais impossíveis: que valor maior, a felicidade ou a verdade? Ou será possível fazer coincidir os dois?
sexta-feira, setembro 30, 2005
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