Se eu falar só com palavras, sem querer dizer nada, será que ainda assim digo alguma coisa? É que hoje tendo com naturalidade para o exercício do vazio, um antigo hábito que amiúde me invade e me inscreve escrevente no delírio triunfante do sugar de conteúdos, artifícios que se largam aos cães que procuram sentido, e que mordem, bem sei, que também sou cão, é certo. Mas hoje manso e não quero nada. Melhor, quero o nada, que se deixa fingir como se existisse e não fosse mais um motivo para desenhar, em branco, toda uma razão de existir, um floreado cansado que descreve um cansaço sem esforço.
sexta-feira, setembro 02, 2005
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