A técnica invade a personalidade. A imagem do nosso corpo, que, no recolhimento da casa, como ponto de partida, montamos obedientes ao círculo da economia consumista disfarçada de êxito socio-sexual, serve de critério para julgar estatutos e - alcance profundo, carnal - produzir erotismos que não permitem a nudez. Assim, o ícone imitado (das estruturas que o produzem) pelo vestuário, adereços e retoques corporais serve de atracção e repulsão social. E podem sentir-se as diferenças nos olhares. Entre o fundo infinito da pessoa humana e a sua manifestação expressiva interpõe-se um alçapão onde as técnicas de produção esteta se tornam no centro catalisador de todos os cuidados. E nisto, é a aura, já não do objecto artístico, mas do indivíduo singular, que se perde, se atenua na repetição das figuras e dos desejos.
quarta-feira, dezembro 14, 2005
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