quarta-feira, fevereiro 09, 2005

As palavras também comem

Mas apesar de tudo podemos falar, e isso é uma liberdade, é uma nossa liberdade. Cada nossa palavra tece lentamente um gigantesco tecido de retalhos. Esses fragmentos são como espelhos, o texto é um enorme tecido de reflexos onde os nossos rostos e os nossos gestos, além das nossas mãos, movem morfologicamente a existência e a sua reflexividade imanente.
Apesar de tudo, as possibilidades estão sempre em aberto, independentemente das ilusões histórico-retrospectivas com tendência para a totalização redutora de uma passado projectado em absoluto no presente. Faremos! E isso está nas nossas mãos, embora mais nas de uns do que nas de outros. Contudo, por vezes os dados também calham nas pessoas certas…

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