quinta-feira, fevereiro 17, 2005

Os pés junto à lareira

E, pequeno lugar a pequeno lugar, as imagens vão nascendo como quem planta ervas daninhas. Surgem descontroladamente, emergindo uma infinidade de pequenos lugares que, na confusão da sua profusão complexa, perdem qualquer qualidade doméstica, local ou artesanal que porventura tivessem. Uma bola de fogo aquece-nos os pés junto à lareira onde nos sentamos bem protegidos por uma manta sobre as pernas, umas pernas inúteis. Não corremos. O corpo vê e tecla. Isso é mau? Não sei dizer. O caminho tapa-me a presença; contudo, deseja-se e o corpo antecede-nos...

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