terça-feira, fevereiro 15, 2005

E, no entanto, ela move-se.

Ela e nós. Caminha-se, move-se, procriam-se lugares, novos tempos esculpidos por esse facto, ou por esse sonho que se nos entranha nas pernas.
De facto, a palavra caminho é uma palavra encantadora, pois nela encontramos a nossa ausência do aqui, mas também a nossa perpétua exigência de presença futura. A magia: incompletude, a distância perfeita da perfeição. Pois a imperfeição é o que nos distancia dos animais, cuja perfeição é a plenitude do nada, o não-caminho.

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