Vê-se a imagem do político (e por imagem entende-se, além da figura em si, todo o movimento de configuração telegénica e fotográfica, na qual se incluem os discursos pronunciados ou tácitos). Ele também vê a sua própria imagem, o seu duplo construído. Elabora-o, alimentando um ser figurativo e colorido de um hiper-realismo estonteante: o político autêntico desaparece, não existe. Está perdido, velado por trás do rosto que o próprio, depois de bem conhecer as regras do jogo, manipula para nós: espectadores – espera-se! – bem menos embasbacados do que ele pensa.
quinta-feira, fevereiro 10, 2005
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