quinta-feira, junho 09, 2005

Época balnear

De novo, o fogo, o político de camisa arregaçada a enviar um helicóptero, dinheiro afogado em dois submarinos, pessoas afogueadas a protegerem as próprias casas de braços abertos, dez estádios de futebol, um bombeiro tão potente como o balde na mão de um morador, outro a queixar-se do carro de combate do tempo em que não havia fogo, um director qualquer a enfeitar o cenário de uma central florestada de computadores, florestas por limpar do lixo, da beata, da mão que as não limpa. De novo, isto não devia ser assim, mais verbas, são todos uns canalhas, eles gostam é de praia, para o ano haverá mais meios aéreos, para o ano não teremos tanta área ardida, para o ano não teremos tanta área por arder, venham cá ver isto, perdi tudo, não tenho nada, eu era só isto, o fogo leva-nos tudo, água, água, água, acção. Preparem-se, de novo, Portugal vai a banhos.

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