terça-feira, agosto 02, 2005

O homem do futuro VI

(e o universal?)
De facto, podemos vislumbrar um futuro em que um individualismo exacerbado faça voltear em seu torno uma idolatria pragmática: estritamente funcional de acordo com as necessidades da época e de cada indivíduo. Nesse sentido, será um Neo-Renascimento por também ser uma radicalização individualista da atenção ao Homem que o Renascimento original dedicou. Podemos ver aí a derradeira queda da crença numa verdade colectiva ou universal. Contudo, mesmo reconhecendo que o derrube da ousadia de ter uma visão universalista e metafísica da verdade é inevitável, o espaço colectivo de um acordo e diálogo - a existência de um sentido (consensual) universalista em vez de um fundamento universalista - continuará a ter lugar? Passaremos a viver sob uma lei minimalista, tipo liberal, como único contacto colectivo? Que construção mais que individual? Ou um controlo superior se encapotará de universalidade?

Sem comentários: