Sob a fixidez luminosa de um sol tórrido, os automóveis avançam em fila na direcção do mar. O descanso no horizonte alimenta a proficuidade do trabalho. A cidade esvazia-se, a praia enche-se: simples transferência de cenário.Com um pouco de normalidade, as mesmas pessoas cruzam-se nos mesmos lugares de sempre. O cérebro avança de férias, o corpo escurece e espera levar de volta o escalpe moreno do ócio – um escalonador social. Fui, vi, fiz, e tenho prazer. Se, por azar, um dia as nuvens nos estragam a praia, pavoneamo-nos no centro comercial, existe um em todo o lado. Os mapas repetem-se, o calor aumenta, o trabalho espera uma maciça recarga e o corpo ejacula.
segunda-feira, agosto 01, 2005
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2 comentários:
Dito assim, de forma simples e poética, até parece uma coisa bonita. Olha, trabalha para depois vires amorenar o escalpe. Também há centros comerciais...
Não digo que seja feia e muito menos que não a possamos viver singularmente. Por isso, continuo a trabalhar sem recusar, num futuro dia cinzento, um passeio pelo centro comercial. Paradoxalmente - e eis a nossa condição de internados sem direito ao exterior - um sobrevoo de helicóptero não faz perder-se a vivência subjectiva, onde a experiência é única. Por outras palavras...vê o post Época balnearII. Grande abraço e até breve.
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