Depois de um frenético envolvimento no trabalho, este desaparece. E podemos perguntar: para que servia ele? Agora que se some, no seu vazio descobrimos o seu sentido: movimento de construção. Para quê? Para a sobrevivência económica? Sim, também. Mas não só, talvez igualmente para uma satisfação pessoal resultante de nos vermos capazes de produzir, fazer para os outros, compormos a chamada contribuição para a sociedade, a qual nos agraciará com uma plena integração, pela qual nos mexemos. E esta incorporação, tem valor porquê? Porque nos sentimos mais extensos, ligados a cada um dos indivíduos, ou porque adquirimos mais poder numa potenciação do próprio sobre os outros? Portanto, porque o valor é o da densidade e complexidade ou o da força e superioridade? Para escapar a estas opções aparentemente tão imanentistas, só uma transcendência. Mas a pergunta continua a ser dupla: trabalhamos para coincidirmos com uma lei ou destino ou para descobrirmos e revelarmos essa lei ou destino, ou, melhor, esse ser? Porquê, afinal? O movimento é para fora ou para dentro, para a epiderme ou para uma nuvem que agatanhamos? E qual o fim último deste movimento? Podemos continuar sem o conhecimento desse telos? Como acordar de manhã?
quinta-feira, setembro 29, 2005
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