Desconhecer não obriga à explicação, mas ao silêncio. Nele se recolhe o não-saber sábio, a douta ignorância, a mão que se estende mas não se fecha, os dedos que não apertam o escuro, deixando cair o presente aparente, que se esfuma como tempo, no tempo. Por isso, a certeza duma possibilidade, qualquer que seja, infinita. E mais, a perda das palavras absolutas, que desejam castelos de pedras, edifícios e fundos. Contudo, o ganho de todas as artes, das construções que respeitam o silêncio, porque o enchem de si próprio, colorido infixável, verdade inenarrável.
quarta-feira, outubro 26, 2005
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