É pelo fim de tarde, quando o tempo transita, se desfaz lentamente das cores do dia e afasta a figura dos lugares para longe, que se escondem no oculto os olhares, fechados, por dentro, rumo ao infinito, ao interior sem fim, lá fundo, onde o passado e o futuro se reúnem, como a tarde, no fim, entre uma coisa e outra, momento abraçado às margens do tempo. É no princípio da noite que as estrelas podem existir, vão existindo, uma a uma, singulares, como palavras que se deixam ler, sozinhas, imensas. É por aí, por esses lugares, que não caiem folhas no Outono. É por lá, perto, que a Primavera é conto permanente ouvido num canto, junto às verdades imprevistas e às pedras que se desfazem.
terça-feira, novembro 29, 2005
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