sexta-feira, março 11, 2005

Mover sempre

O elogio, apesar de bem intencionado e incentivador de uma meritocracia informal, pesa, desleixa, amolece o visado, que se sente repentinamente satisfeito, o que não é mais do que concluído, terminado, fechado. Assim, ele acabou, deixou de ser e transformou-se na fixidez bem longe das causas do elogio. Por isso, o melhor é não ouvir e caminhar obstinadamente reconhecendo sempre a sua própria incompletude (o que dinamiza no sentido do maior esforço) e lendo a mediocridade inerente a qualquer trabalho aparentemente mais conseguido. Isto beneficiará todos, inclusive aquele que elogiou.

2 comentários:

Anónimo disse...

o elogio também pode levar à motivação, à motivação de seguir em frente, de fazer ainda melhor.
o elogio em forma de conclusão é mau, mas também o é a falta de elogio quando merecido, quando construtivo.

Pedro disse...

sim, sem dúvida, elogiar para motivar é fundamental; tudo depende do modo como o elogiado gere o elogio