sábado, março 12, 2005

No terceiro nos aproximamos

O texto destina-se a quem? Quem o pode entender deve determinar em alguma medida quem o escreve? Sem dúvida que isso acontece, mas esse alguém é verdadeiramente alguém individual ou colectivo? Em que condicionalismos do destinatário me deixo enredar quando escrevo? Julgo que Humberto Eco trata esta questão, contudo desconheço as suas conclusões. Mas posso dizer que, na mesma medida em que sou imanente escrivão, me coloco num outro, talvez num outro eu, para ler o que escrevo e, nesse terceiro, emaranho-me num universal intuitivo que me permite a comunicação pelo menos com alguém, com o qual o comum se pode concretizar. Em que formas, não sei, em que comunidades , desconheço.

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