quarta-feira, março 09, 2005

O mal existe

Puro mal. Estrita vontade de infligir dor a outro, e daí retirar prazer, alguma espécie de força. Sentir-se assim, de algum modo, superior, forte apenas – e nada mais – na medida em que se perspectiva na dor do outro uma fraqueza, a qual faz da ausência de dor uma potência que, noutras circunstâncias, se dissiparia no equilíbrio neutralizador das outras potências idênticas em não sentir dor. Não numa perspectiva essencialista, o mal existe, este mal existe, feito de uma intencionalidade que recolhe dinamismo não na criação mas na destruição. Perante isto, que fazer? Destruir está fora de questão.

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