terça-feira, março 22, 2005

O sonho

Sair. Ser possível outra coisa, um passo na direcção da plataforma móvel e nebulosa do mover sem movimento, sem o meu movimento, do caminho sem estrada, da corrida sem pernas, do conteúdo sem forma. Estrada aberta, eu ir, caminhar sem pé, mergulhar sem ar, levar o desconhecido comigo e deixá-lo escondido no mesmo lugar onde o encontrei, impoluto ao mesmo, a mim, que não abro os olhos e guardo o mundo nas mãos.

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